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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Características do Romantismo

O Romantismo foi umas das divisões da literatura mundial. Aqui no Brasil, o período do romantismo foi dividido em três gerações:
Primeira geração: Indianista ou nacionalista. Teve como principais poetas José de Alencar (foto acima), Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias. Características:
Sentimentalismo;
Índio é visualisado como herói;
Natureza exaltada;
Nacionalismo;
Influência da Independência em 1822.
Segunda geração: Mal do Século. Teve como principais poetas Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo. Características:
Egocentrismo;
Byronismo – Modo de percepção inspirado no inglês Lord Byron, onde era cultivado o vício como bebidas, fumo e sexo, narcisismo, egocentrismo e o pessimismo;
Fuga da realidade por meio da morte, da loucura;
Mulher idealizada sempre distante – sempre em forma inacessível como um sonho;
Noturnismo – Hábitos noturnos.
Terceira geração: Condoreira. Teve como principais poetas Castro Alves e Tobias Barreto. Características:
Fala sobre o amor;
O condor é uma ave que voa muito alto, e possui uma visão abrangente das coisas, uma visão aberta, dando a característica da liberdade para o poeta, principalmente pela base das revoluções que aconteceram em relação a proclamação da República em 1889, e a Abolição da Escravatura em 1888.

Fonte: http://www.blogers.com.br/caracteristicas-do-romantismo/

Relação do livro Amor de Perdição com Romeu e Julieta

 Semelhanças:
 Amor de Perdição é conhecido como Romeu e Julieta português;
As duas histórias tratam de um romance entre duas pessoas de famílias inimigas;
Romeu e Julieta morrem por amor como Simão e Tereza.

Diferenças:
 Diferente de Romeu e Julieta Simão e Tereza nunca se tocaram;
No livro há um triângulo amoroso, já no Romeu e Julieta não;
Romeu e Julieta morrem envenenados e Simão morre de febre e Tereza morre de fraqueza. 





























 

Resumo do livro

Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, membros de família rivais da cidade de Viseu, em Portugal apaixona-se "perdidamente", no entanto, logo percebem a impossibilidade de um casamento, pois suas famílias eram declaradamente inimigas.

Tadeu de Albuquerque, pai de Teresa, ao descobrir o romance, trata de prometer a mão de sua filha ao sobrinho Baltasar Coutinho. No entanto, a moça rejeita o pretendente. Fato que irrita profundamente o pai. Surge nesse momento, o segundo grande elemento complicador.

Desprezado e ofendido em seus brios Baltasar alia-se ao tio, e juntos tramam o destino da pobre Teresa. Decididos, procuram persuadi-la a esquecer Simão, sob pena de a encerrarem no convento. Teresa, temendo a ira do pai diante do rompimento causado por sua desobediência, aceita passivamente seu destino, prometendo afastar-se de Simão. No entanto, da repulsa ao casamento imposto por seu pai, ela continua irredutível.

A moça não aceitava um casamento contrário às regras de seu coração. Na casa dos Botelhos, concomitantemente à esse fato, o pai de Simão, muito irritado com aquela desdita paixão resolve por fim ao romance entre seu filho e Teresa, enviando o jovem Simão a Coimbra para concluir seus estudos. Ele almejava com isso sufocar o amor dos jovens pela distância.

Porém, nem mesmo esse empecilho foi capaz de destruir esse sentimento. Teresa mesmo confinada em sua casa escrevia à Simão, contando os dissabores pelos quais passava e haveria de passar, sob as pressões de seu primo e de seu pai. Contudo, mesmo diante dessas adversidades, os amantes clandestinamente se comunicavam por cartas com certa freqüência.

Comunicação essa, que mais aumentou o amor dos dois. Simão, enlouquecido pela saudade de sua amada, decide ir a Viseu encontrar-se com Teresa. Furtivamente, é hospedado pelo ferreiro João da Cruz, homem destemido, forte e fiel. Sob proteção de João, Simão tenta chegar à casa de Teresa, mas lá estava Baltasar comemorando o aniversário da prima. O astuto Baltasar consegue perceber a ansiedade de Teresa e deduz o que estava para acontecer.

No meio da festa a jovem tenta falar com Simão no jardim, contudo o casal é surpreendido, arma-se uma confusão que culmina com a morte de dois criados de Baltasar. Desse entrevero Simão sai ferido.O rapaz busca refúgio na casa de João da Cruz para recuperar-se dos ferimentos. Entretanto, ainda não estava determinado o fim desse romance.

Os amantes ainda mantinham comunicação por meio de uma velha mendiga que passava com freqüência sob a janela do quarto de Teresa. Para punir a rebeldia da filha, Tadeu de Albuquerque decide mandá-la a um convento do porto - chamado Monchique - cuja prioresa era patente de Teresa. Antes, porém, a jovem é recolhida em um convento na própria cidade de Viseu, enquanto Tadeu aguardava a resposta do Porto.

Em Viseu, na casa do ferreiro, Mariana, filha de João, torna-se a enfermeira de Simão, tratando-o com muito cuidado. Nasce nela um profundo amor pelo enfermo. Amor esse não revelado pela moça.

Mariana, sabedora que Simão e Teresa não estavam conseguindo manter a comunicação, visto que Teresa estava sob rigorosa vigilância, resolve ajudar os amantes.

Mariana vai até o convento com a desculpa de visitar uma amiga. Sua ação é bem sucedida, a filha de João consegue falar com Teresa e essa manda um recado à Simão. Nele a jovem fala de sua impossibilidade de escrever a Simão e que ela iria para um convento na cidade do Porto.

Simão ao tomar conhecimento dos fatos, fica furioso e, em um acesso incontido de raiva, decide tentar raptar Teresa de seu fatídico fim no convento.
O jovem defronta-se com Baltasar, na tentativa de resgatar a amada. Mesmo diante de várias testemunhas o jovem Simão atinge Baltasar com um tiro mortal.

Em meio à confusão surge João que procura dar cobertura a fuga de Simão, contudo esse recusa-se a fugir entregando-se a prisão.
Simão é preso e condenado a morte. Porém, devido à interferência do corregedor Domingos Botelho, pai de Simão, a pena é convertida ao degredo nas Índias.

Em meio a tanta tragédia, Simão ainda preso no Porto, toma conhecimento que seu fiel amigo João havia sido assassinado. Mariana, sem ter mais ninguém, resolve acompanhar Simão ao desterro. Essa situação aflora, no coração da jovem Mariana, a esperança de concretizar o seu amor por Simão.

A sentença do desterro sai, Simão é condenado a ficar dez anos na Índia.
Enquanto para Mariana o degredo é sinônimo de esperança, para Simão, a Índia é sinônimo de humilhação e miséria.

Teresa começa a ter sua saúde abalada. Definha, cada vez mais triste e muito magoada, a linda fidalga parece ter perdido a vontade de viver. Seu fim aproxima-se, recusa-se a evitá-lo.

Ao embarcar rumo à Índia, Simão contempla Monchique e vê, pela última vez no mirante do convento, a mulher que fora responsável por tudo aquilo.
Também Teresa contempla o navio que levava seu amado. Logo após, Teresa morre. Simão, antes de seguir seu destino, toma conhecimento da morte de Teresa e, profundamente consternado e deprimido, segue rumo ao degredo.
Ainda muito consternado, ele guarda algumas cartas de Teresa, seu corpo vai sendo consumido pela morte.

Alguns dias após a viagem, Simão morre vitimado pela febre. Mariana não resistindo à perda do amado, rompe o silêncio com gritos que saem do mais fundo do seu coração. Quando percebe que seria impossível viver sem a presença de Simão, a filha do ferreiro entrega-se às revoltas águas do mar, as quais já haviam recebido o corpo de Simão.O suicídio de Mariana marca o fim da trágica história dos Botelhos e Albuquerque.

Biografia de Camilo Castelo Branco

Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1825, na freguesia dos Mártires, num prédio da Rua da Rosa, atualmente com os nºos 5 a 13. Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira, foi batizado na Igreja dos Mártires a 14 de Abril de 1825. Os seus padrinhos foram o dr. José Camilo Ferreira Botelho, de Vila Real, e Nossa Senhora da Conceição.
Camilo foi registado como filho de mãe incógnita, pelo que se diz, porque o seu pai e a sua avó não queriam que o nome Castelo Branco estivesse envolvido com alguém de tão humilde condição. A morte do pai obrigou-o a ir viver para Trás-os-Montes. Como era uma criança sensível e muito inteligente, vai sofrer grandes perturbações com todos os acontecimentos da sua infância. Ao longo da sua existência revelou-se um falhado nos estudos e nos amores. As vicissitudes da vida fazem-lhe despoletar a ideia de que a fatalidade e a desgraça são destinos a que não pode escapar. Foi um profissional das letras multifacetado, cuja obra o posicionou com uma das figuras mais eminentes da literatura portuguesa. Suicidou-se a 1 de Junho de 1890, na freguesia de Ceide, Vila Nova de Famalicão.





Fonte texto: http://www.citi.pt/cultura/literatura/romance/c_castelo_branco/biogra.html

Fonte imagem:grandesmensagens.com.br